Na bulimia nervosa, as pessoas ingerem grandes quantidades de alimentos (episódios de comer compulsivo ou episódios bulímicos) e, depois, utilizam métodos compensatórios, tais como vómitos auto-induzidos, uso de laxantes e/ou diuréticos e prática de exercícios extenuantes como forma de evitar o ganho de peso pelo medo exagerado de engordar. Diferentemente da anorexia nervosa, na bulimia não há perda de peso, e assim, médicos e familiares têm dificuldade em detectar o problema. A doença ocorre mais frequentemente em mulheres jovens, embora possa ocorrer mais raramente em homens e mulheres com mais idade.
Sintomas
Ingestão compulsiva e exagerada de alimentos. Vómitos auto-induzidos, uso de laxantes e diuréticos para evitar ganho de peso. Alimentação excessiva, sem aumento proporcional do peso corporal. Depressão. Obsessão por exercícios físicos. Comer em segredo ou escondido dos outros.
Complicações médicas: inflamação na garganta (inflamação do tecido que reveste o esófago pelos efeitos do vómito); face inchada e dolorida (inflamação nas glândulas salivares); cáries dentárias; desidratação; desequilíbrio electrolítico; vómitos com sangue; dores musculares e câimbras.
Complicações médicas: inflamação na garganta (inflamação do tecido que reveste o esófago pelos efeitos do vómito); face inchada e dolorida (inflamação nas glândulas salivares); cáries dentárias; desidratação; desequilíbrio electrolítico; vómitos com sangue; dores musculares e câimbras.
Causas
Assim como na anorexia, a bulimia nervosa é uma síndrome multideterminada por uma mistura de factores biológicos, psicológicos, familiares e culturais. A ênfase cultural na aparência física pode ter um papel importante. Problemas familiares, baixa auto-estima e conflitos de identidade também são factores envolvidos no desencadeamento desses quadros.
Como se desenvolve
Muitas vezes, leva tempo para se perceber que alguém tem bulimia nervosa. A característica principal é o episódio de comer compulsivo, acompanhado por uma sensação de falta de controlo sobre o acto e, às vezes, feito secretamente. Os comportamentos direccionados a controle de peso incluem jejum, vómitos auto-induzidos, uso de laxantes, diuréticos, e exercícios físicos extenuantes. O diagnóstico de bulimia nervosa requer episódios com uma frequência mínima de duas vezes por semana, em pelo menos três meses. A fobia de engordar é o sentimento motivador de todo o quadro. Esses episódios de comer compulsivo, seguidos de métodos compensatórios, podem permanecer escondidos da família por muito tempo.
A bulimia nervosa atinge adolescentes um pouco mais velhas, em torno dos 17 anos. Pessoas com bulimia têm vergonha dos seus sintomas, portanto, evitam comer em público e evitam lugares como praias e piscinas onde precisam de mostrar o corpo. À medida que a doença se vai desenvolvendo, essas pessoas só se interessam por assuntos relacionados com a comida, peso e forma corporal.
Tratamento
A abordagem multidisciplinar é a mais adequada no tratamento da bulimia nervosa e inclui psicoterapia individual ou em grupo, farmacoterapia e abordagem nutricional em nível ambulatorial. As técnicas cognitivo-comportamentais têm-se mostrado eficazes. As medicações anti depressivas também se têm mostrado eficazes no controle dos episódios bulímicos. A abordagem nutricional visa estabelecer um hábito alimentar mais saudável, eliminando o ciclo "compulsão alimentar/purgação/jejum". A orientação e/ou terapia familiar é necessária uma vez que a família desempenha um papel muito importante na recuperação do paciente.
Prevenção
Prevenção
Uma diminuição na ênfase da aparência física, tanto no aspecto cultural como familiar, pode eventualmente reduzir a incidência desses quadros. É importante fornecer informações a respeito dos riscos de regimes rigorosos para obtenção de uma silhueta "ideal", já que eles desempenham um papel fundamental no desencadeamento dos transtornos alimentares.
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